Olá Amigos!!!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dívidas entre dois mundos

 28 de AGOSTO DE 2010

Querido diário,
Hoje faço 13 anos. Na minha família dizem que é só mais uma data que marca a passagem de uma contagem cronológica. Mas nos últimos meses, coisas estranhas vem acontecendo. Tenho sonhado muito com esse dia. E aquela velha veio outra vez atrás de mim, dizendo pra eu ter cuidado pois esses será o dia em que minha família quitará sua dívida com o passado, e o preço será minha vida.
Fiquei um pouco assustada com essas coisas que a velha me disse. Mas o susto já passou.
Hoje meus amigos vão me fazer uma surpresa. Deve ser uma festinha pra comemorar. Estou ansiosa, o Pedro estará lá. Vai dar tudo certo. Afinal, em pleno o século XXI é um descabimento acreditar nas besteiras que uma velha descompensada diz.

29 de Agosto de 20010


Querido diário,
Ontem o foi o dia mais louco da minha vida.
Realmente coisas estranhas aconteceram.
Foi horrível.
Logo que saí de casa pra encontrar meus amigos dei de cara com aquela velha bruxa. Ela me disse coisas horríveis sobre minha morte para acertar as dívidas de minha família com os espíritos do passado. Saí correndo pra não ouvir mais aquelas coisas.
Finalmente encontrei meus amigos.
Estavam o Pedro, o Cláudio, o Di e o Sérgio. Eles disseram que as meninas estavam terminando de ajeitar os detalhes e já estavam esperando a gente.
Eles me vendaram pra não estragar a surpresa, me ajudaram a subir no carro, depois me ajudaram a descer e fomos andando por uns metros.
O lugar por onde eu ia pisando me pareceu que tinha folhas secas. Eu estava muito curiosa e ficava perguntando pra onde estávamos indo, mas não teria graça se me contassem.
Chegamos.
Eu ainda estava vendada.
Não ouvia movimentação das meninas.
Comecei a ficar nervosa.
Tinha cheiro de velas, folhas secas e um pouco de mofo.
Tiraram a venda dos meus olhos.
Eu estava na casinha abandonada no alto da serra. A mesma que eu andei sonhando nos últimos dias.
As meninas não estavam lá.
E eles estavam me amarrando.
Meu braços e minhas pernas.
Eles estavam muito estranhos. Não eram os meus amigos que eu tanto confiava. Estavam falando coisas sem nexo. Gritavam. Me olhavam de um jeito diferente.
Tentei gritar. Não tive forças.
Fiquei desesperada.
Foi aí que minha mãe apareceu. Pensei estar salva.
Ela estava com um machado nas mãos.
Olhou bem no fundo dos meus olhos e veio correndo em minha direção segurando o machado para o alto. E quando estava bem próximo de mim, seus olhos ficaram repletos de uma ira que nunca tinha visto antes. E ainda mais sem motivos. Eu não tinha feito nada pra ela ficar assim tão brava.
Era tudo muito estranho. Mas eu não tive medo.
Era como se aquilo tivesse mesmo que acontecer. E afinal, era minha mãe que estava ali. Eu confiava nela.
Mas antes de dar o golpe final que me extinguiria definitivamente da face da Terra, ela grito: "Espíritos vagantes, a eternidade os prendeu e com essa jovem os libertarei! Levem -na e sigam em paz."

Foi assim que tudo aconteceu....
Os outros espíritos que vagavam por aqui foram libertos.
Mas agora eu é que estou presa aqui. Tenho que esperar que alguma menina de minha família seja sacrificada na noite de seu aniversário de 13 anos.
Só assim me libertarei
Enquanto isso fico aqui.
A eternidade é o limite...










4 comentários:

  1. credo, ana clara, você é cruel hem, menina?
    coitada da menina. gostei da narrativa em primeira pessoa, você tem o dom,agora se quiser mais que simples elogios, lembre-se: ninguém conquista aquilo que nunca teve se não fizer aquilo que nunca fez!
    um grande abraço, você vai longe!
    adrinao paulo, seu fã.

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  2. Clara da onde vc tira essas ideias é da internet né porque não é possível que vc tenha uma imaginação tão fertil!!

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